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Dilema do bonde, utilitarismo e valor da pessoa: uma reflexão filosófica

“A vida não é mensurável, como preto no branco, porque as pessoas possuem valor enquanto seres humanos”


Por Erick Labanca Garcia - Graduando em Direito

08/06/2025 às 06h00- Atualizada 09/06/2025 às 15h53

O dilema do bonde é um dilema ético e moral que faz o seguinte exercício: suponha que há um bonde desgovernado e um operador deve puxar uma alavanca para seguir por dois caminhos: de um lado dos trilhos há uma pessoa e do outro, cinco pessoas. O dilema consiste em decidir: quanto vale a vida de um ser humano? É possível mensurá-la? Entendo que não. A vida não é mensurável, como preto no branco, porque as pessoas possuem valor enquanto seres humanos. Explico, mas, antes, vamos ao utilitarismo, filosofia que embasa o dilema.

O utilitarismo é uma filosofia moral que surgiu com Jeremy Benhtam e John Stuart Mill. Ele pode ser condensado na frase “a maior felicidade para o maior número de pessoas”.  Seguindo um critério hedonista, busca a filosofia moral do utilitarismo a maximização do prazer (não importa como seja ele buscado) e a redução da dor na coletividade. Desse modo, se formos novamente ao dilema do bonde, para o utilitarismo, a maximização de felicidade seria a sobrevivência de cinco pessoas em detrimento de uma.

Porém, o utilitarismo peca ao tentar mensurar o valor de uma pessoa. Segundo o filósofo Immanuel Kant, o ser humano possui um valor intrínseco enquanto tal, resumido na frase “coisas têm preço, pessoas têm valor”. O que pode ser mensurado são as coisas, mas não pessoas. Desse modo, o dilema do bonde parte de uma visão utilitarista do valor das pessoas. Contudo, a vida humana não pode ser mensurada em termos quantitativos, estando ela além da métrica.

Portanto, o dilema do bonde é uma redução do ser humano a termos quantitativos, mas o que é desconsiderado é o valor intrínseco que cada ser humano tem enquanto tal, possuidor de sentimentos, sonhos, angústias, razão e necessidades materiais, espirituais e fisiológicas, parafraseando Daniel Sarmento em sua obra “Dignidade da Pessoa Humana: conteúdo, trajetórias e metodologia”.

 

 

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