Uma operação policial fiscalizou mais de cem animais, apreendeu 26 aves silvestres e aplicou mais de R$ 2 milhões em multas em municípios do noroeste de Minas Gerais. A investigação ou por João Pinheiro, Paracatu e Unaí entre os dias 26 e 30 de maio, para apurar denúncias de maus-tratos e verificar a situação de criadores amadores de eriformes cadastrados no Sistema de Gestão de Criadores Amadores de eriformes (Sis). Entre as aves apreendidas, estavam espécies como curió, papagaio e trinca-ferro, além de gaiolas e alçapões proibidos. 224657
A ação foi resultado da parceria entre a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), com a Polícia Militar de Meio Ambiente (PMMG) e o Instituto Estadual de Florestas (IEF). Ao fiscalizar as aves, foram encontradas diversas irregularidades, como manutenção de fauna sem licença ambiental, uso indevido de anilhas, extravio de animais e obstrução à fiscalização. As infrações resultaram, além da multa, na suspensão de licenças de criadores.
De acordo com informações divulgadas pela Unidade Regional de Fiscalização Noroeste da Semad, os animais apreendidos serão encaminhados ao Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras), sob responsabilidade do IEF.
“Após receberem cuidados veterinários e arem pelo processo de reabilitação, as aves poderão retornar à natureza, contribuindo com funções ecológicas, como dispersão de sementes e o repovoamento de ecossistemas”, afirmou Sérgio Nascimento Moreira, chefe da unidade.
O tráfico de animais silvestres é uma das atividades ilícitas mais rentáveis do mundo e uma das principais ameaças à biodiversidade, sendo responsável por diversos impacto ecológicos e sociais. No Brasil, cerca de 38 milhões de animais são retirados da natureza por ano e aproximadamente 4 milhões servem para comercialização ilegal.