Desde sua criação em novembro de 2020, o Pix mudou a forma como brasileiros realizam transferências financeiras. Idealizado pelo Banco Central, o sistema de pagamentos instantâneos se tornou, em poucos anos, o meio preferido para movimentar dinheiro no país.
Com mais de 3 bilhões de transações mensais em 2025, a ferramenta conquistou os usuários pela praticidade, mas também atraiu criminosos.
Em comunicado recente, o Banco Central alertou para o aumento expressivo de fraudes e detalhou novas medidas de segurança que estão sendo implementadas.
Banco Central emite nota sobre Pix e revela riscos e mudanças
Segundo a nota, o principal desafio enfrentado hoje é a sofisticação dos golpes envolvendo o Pix. Os criminosos exploram a agilidade do sistema para aplicar fraudes que, muitas vezes, não deixam tempo para reação.
Técnicas de engenharia social estão no centro das operações fraudulentas. Uma das mais comuns é o envio de mensagens falsas que simulam comunicação oficial de bancos.
Os golpistas se am por instituições como Itaú, Bradesco ou Nubank, induzindo os usuários a clicar em links que direcionam para sites clonados — onde dados sensíveis são capturados.
Outra prática recorrente envolve o uso de redes sociais e aplicativos de mensagens. Criminosos se fazem ar por parentes ou amigos e, em tom de urgência, solicitam transferências para contas fraudulentas.
Em contextos de vendas online, há ainda o chamado “Pix falso”, no qual um comprovante de pagamento forjado é apresentado ao vendedor para liberar produtos antes da confirmação bancária.
Essas abordagens, de acordo com o Banco Central, são impulsionadas por tecnologias avançadas, como o uso de deepfakes, e por falhas na verificação por parte dos usuários.
Recomendações do Banco Central para evitar golpes do PIX
Para não cair nessas armadilhas, o órgão recomenda atenção a mensagens com erros de português, insistência em transferências imediatas e pedidos de dados pessoais por canais informais.
Confirmar qualquer solicitação por meios oficiais e nunca confiar em comprovantes sem checar o extrato são atitudes básicas que podem prevenir prejuízos.
Com mais de R$ 1,2 bilhão perdidos em fraudes apenas neste ano, a instituição anunciou que, a partir de outubro, os bancos deverão oferecer canais de autoatendimento para o Mecanismo Especial de Devolução (MED), facilitando a contestação de transferências suspeitas.
O alerta é claro: o Pix continuará evoluindo, com novidades como o Pix Automático, mas a segurança dependerá do comportamento dos usuários. A era do dinheiro instantâneo exige atenção redobrada.